terça-feira, 26 de abril de 2011

Vento Rei

Vento Rei


Há um vento que sopra das colinas
Do desejo que exala a cor das flores
Que de uivante vive a espantar as dores
Avivando as matizes das retinas

Vento manso, rei das horas matinas
Silencioso escudeiro dos condores
Tempestade de gotas cristalinas
que devasta a quietude e brota em cores

Que desliza na relva de emoções
Balançando o capim dos corações
Polinizando o peito todo em flôr

Vento norte que paira em minha alma
Que acalanta ou que me sacode a calma
Que me guia e que tem por nome: Amor

Poeta: Márcio Rocha

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Decepção Alcoólica

Decepção Alcoólica


Alcoolizado assim se proliferam,
Com voraz força, os meus sentimentos
E eu alquimizo tristezas, lamentos,
Sentindo o quanto eles me dilaceram


Os sonhos que busquei se contiveram
Na ansia louca dos meus pensamentos
Os meus sorrisos foram-se com os ventos
E nunca mais desejos me trouxeram


E eu vejo a minha'lma tão doente
Que nem mil goles desta aguardente
Farão eu declamar tudo o que quis


Querer não basta quando a realidade
Vicia um ser humano de saudade
E nem o alcool lhe faz mais feliz.


Poeta: Márcio Rocha


A areia, o rabisco e a estrela.

A areia, o rabisco e a estrela.

Noite cai e me vejo aqui sozinho
No silêncio das minhas emoções
E uma estrela me traz recordações
Que na areia rabisco com um galhinho

Uma estrela que surgiu no caminho
E me fez esquecer constelações
Me fazendo largar desilusões 
Pra viver na galáxia do seu ninho

Na verdade: esse ninho é o coração
O silêncio é a minha solidão
E o galhinho que risca é o meu pincel

A estrela é você, flor que mais amo
A rabisco é o soneto que declamo
E a areia é somente esse papel.

Poeta: Márcio Rocha

Cicatrizes

Cicatrizes

Tu me falas do amor que tu sentias
Me dizendo que um dia me amou
Que fiz parte de tuas fantasias
Mas que tudo é passado e que acabou

E me dizes que tudo terminou
Que o amor é assim qual melodias
Tem encantos belezas e alegrias
Mas tem fim, e que nosso fim chegou

Que tolice meu bem o que tu dizes
O amor é igual as cicatrizes
Porem tenha uma diferença só

Cicatrizes da carne a terra come
E o amor que é amor não se consome
E jamais há de transformar-se em pó.

Poeta: Márcio Rocha

Soneto de amar pra sempre

Soneto de Amar para Sempre


Eu hei de amar aqui, além , por toda  vida
De um jeito puro, simples, belo, claro e forte
Amar-te sempre sem temer falta de sorte
Amar-te na chegada ou mesmo em despedida


Eu hei de amar-te até que o peito não suporte
E hei de ver tua face em cada flor luzida
Amar tua chegada e não tua partida
Amar-te em vida e amar-te até após a morte


E se é pecado amar assim amor, perdoe,
Irei pecar e peço que Deus abençoe
Toda ternura desse erro a me tomar


Amar-te sempre irei, na terra ou noutro plano
De um jeito simples, tão eterno e tão humano
Que mesmo sem razões ainda irei te amar...


Márcio Rocha